27 de fevereiro de 2016

Resenha | O Visconde Que Me Amava - Julia Quinn


Autora: Julia Quinn

Número de páginas: 288

Ano: 2013

Editora: Arqueiro

Skoob: AQUI
Sinopse: A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.

Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela. Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele.

Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.

Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis.

 

Quando Anthony enfim saíra do quarto, os primeiros raios da aurora conferiam uma coloração cor de rosa ao céu e ele, por alguma razão, sabia que seus dias estavam contados do mesmo modo que os de Edmund estiveram.

Edmund, o patriarca dos Bridgertons, era um homem formidável. Marido e pai amoroso, fazia de tudo pelo bem de sua família e era muito justo com aqueles que estavam ao seu redor. Anthony Bridgerton, primogênito de Edmund e Violet, tinha paixão pelo pai. Edmund era seu herói e seu modelo de hombridade. Ele fazia tudo o que podia para que o pai se orgulhasse dele.

Só que o destino é cruel e, ao ser picado por uma abelha, Edmund acaba falecendo muito jovem, aos trinta e oito anos. Inconformado por ter perdido o pai, Anthony chega à conclusão que não seria capaz de superá-lo em nada, nem ao menos na idade.

Anthony aproveitou a vida de solteiro como pôde, daí a sua fama de libertino. Mas agora, aos vinte e nove anos de idade, lhe resta, de acordo com sua teoria, menos de uma década até a sua morte. Sendo ele um visconde, tinha a responsabilidade de deixar um herdeiro para o título, mas para isso precisava se casar. Só que ele não queria se apaixonar por sua esposa, queria se poupar de mais esse fardo, do fardo de amar alguém sabendo que tem poucos anos ao seu lado.

Conversando com seus dois irmãos, Benedict e Colin, ele fica sabendo de uma candidata perfeita para o papel, Edwina Sheffield, que era considerada por todos a debutante mais linda da temporada. Só que para casar-se com Edwina ele teria que conseguir a aprovação de Kate Sheffield, meia-irmã da moça... o que se mostraria uma tarefa muito difícil, pois Kate, sabendo da má fama do rapaz, queria sua irmã o mais longe dele possível!

Kate, apesar de mais velha, sempre viveu sob a sombra da irmã, pois Edwina possuía uma beleza incomum e era chamada pela sociedade de “a incomparável”. Kate não ressentia a irmã, muito pelo contrário, a amava muito e faria qualquer coisa para vê-la feliz.

Kate e Anthony acabam se conhecendo pessoalmente em um dos bailes da cidade e ela afirma para ele, com todas as letras, que nunca deixará sua irmã se casar com um libertino como ele. Anthony toma isso como um desafio, e a partir daí uma série de confusões começam a acontecer.

Podia ter sido um libertino e um patife – podia ainda ser um libertino e um patife – mas era óbvio que seu comportamento não o definia como homem. E a única objeção de Kate a seu casamento com Edwina era…

Ela engoliu em seco. Havia um enorme bolo em sua garganta.

Sua única objeção era porque, no fundo, ela queria o visconde para si.

Só que Anthony não esperava que fosse começar a ter sonhos com a irmã errada. Não era Edwina quem aparecia neles... era Kate, e isso o deixava furioso! E Kate, por sua vez, começa a sentir cada vez menos repulsa e cada vez mais admiração por Anthony. Não demora muito e os dois acabam se apaixonando. Como acredita que morrerá em breve, Anthony reluta a aceitar esse sentimento. Já Kate acredita que nunca poderia chamar atenção de um homem como Anthony, afinal, ela nunca chamou a atenção de homem nenhum, todos os olhares eram sempre de Edwina.

Será que os dois terão um final feliz? Será que Anthony realmente irá morrer aos trinta e oito anos? Talvez o amor seja capaz de quebrar essa maldição...

Porque aquela centelha – tão evidentemente ausente em relação à irmã dela, com quem ele pretendia se casar – com Kate crepitava e ardia com tanta força que parecia ter o poder de iluminar o cômodo e deixá-lo claro como o dia.

••••••••••

Considero O Visconde Que Me Amava inferior ao seu antecessor, O Duque e Eu (resenha AQUI), mas isso não quer dizer que a leitura não tenha sido boa, muito pelo contrário, foi ótima. O humor e o romance estão presentes quase que na mesma medida.

Colin engasgando-se com uma azeitona quando Anthony fala que vai se casar, os pisões no pé que Kate dá em Anthony, Kate escondendo-se embaixo da mesa do escritório de Anthony enquanto ele dava uns amassos em uma cantora de ópera, o jogo de Pall Mall foram, só para citar alguns, momentos onde dei boas e longas risadas.

O que mais vem me agradando nos livros dessa série é o fato das personagens femininas – pelo menos as principais – não serem fúteis e estereotipadas. Ok, elas querem se casar, mas isso era inerente à época em que o livro é ambientado, só que elas não querem apenas se casar, elas querem ser amadas, querem ter a própria voz, querem ser respeitadas, querem dar suas opiniões e querem ser levadas a sério. Kate não é diferente!

A família Bridgerton continua sendo um show à parte. É tanto amor e cumplicidade envolvidos... eu não vou me cansar de repetir – e é melhor vocês irem se acostumando, pois vocês lerão isso nas resenhas dos outros seis livros restantes – que eu queria fazer parte dessa família.

Daphne e Simon fazem uma pequena, mas divertida, participação nesse livro. Colin (), mais uma vez, rouba a nossa atenção em cada cena que aparece. Uma Bridgerton que ganhou mais destaque e também minha simpatia é Eloise. Ela é uma menina muito inteligente e metida à espiã... parece que o livro dela será interessante.

Anthony me deu nos nervos em MUITOS momentos. Quem leu a resenha de O Duque e Eu sabe que eu morri de amores por ele e por Colin, mas nesse livro Anthony teve muitas atitudes que não condiziam com o seu comportamento no livro anterior. Ele agia tão igual ou até mesmo pior do que Simon agia no primeiro livro. Sabe aquele ditado que diz faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço... poderia ser o lema da vida de Anthony!

O livro possui o Selo Arqueiro de Qualidade, com uma ótima diagramação e folhas amareladas. Encontrei pouquíssimos erros de revisão, coisa bem boba. Só acho que os livros que contam a história dos homens da família Bridgerton deveriam vir com modelos masculinos nas capas! A capa de O Visconde Que Me Amava, por exemplo, conta a história de Anthony e Kate, mas traz uma modelo com as características de Edwina na capa, achei muito nada a ver, se ao menos ela tivesse as características de Kate...

Se eu recomendo a leitura? Obviamente! Se sua intenção é ler uma história leve, romântica e divertida, não hesite, comece a ler a série Os Bridgertons! Eu queria ter começado a ler essa série antes! A Julia Quinn veio na Bienal, gente, eu queria ter apertado essa mulher, queria ter falado que ela é demais, queria ter falado que essa família que ela criou é sensacional, queria ter falado muita coisa... agora só me resta sentar e chorar!

Observação: Conteúdo postado quando a plataforma do blog ainda era WordPress. Com a mudança, todos os comentários foram perdidos.

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Tami Marins

Carioca e leonina, acha que nasceu na época errada. Lê desde que se entende por gente e é viciada em séries e em café. Escuta sempre as mesmas músicas, assiste sempre aos mesmos filmes e sonha escrever seu próprio livro.

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