Número de páginas: 208
Ano: 2015
Publicação independente
Skoob: AQUI
Sinopse: Em um mundo de aparências, entre mentiras veladas e segredos obscuros, descubra na Inglaterra, da Era Vitoriana, um mundo oculto que poucos conhecem.
Johan Wells é um mercenário misterioso. Siegfried, o Pirata, um aventureiro destemido. Um encontro inesperado unirá os dois em uma jornada de perigo, coincidências e revelações. Em meio a assassinatos, duelos e um baile à fantasia, eles irão se ver enredados às suas escolhas e sentimentos.
Que segredos existem neste baú chamado Fassade? Você embarcaria nesta viagem rumo ao desconhecido?
Então, esse desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, após ser consumado, gera a morte.
Era Vitoriana. Portsmouth, Inglaterra. 16 de Dezembro de 1875. Em uma época em que os seres humanos e seres mágicos, como sereias, fadas, anões e gnomos, povoavam o mundo, conhecemos Johan Wells, um misterioso mercenário, e Siegfried, um destemido pirata.
Johan tinha uma missão urgente para ser executada em Brighton, e sabendo que o Angst, navio de Siegfried, seria a única embarcação que partiria rumo à cidade em questão na manhã seguinte, resolve pedir ajuda ao pirata, que ri de sua ousadia e fala que ele só embarcará no Angst se matar um de seus tripulantes.
Ele descobriria se aqueles olhos poderiam pertencer a um anjo como o que habitava as suas memórias, ou se eram olhos de um demônio, de um engodo anunciado para lhe perturbar e levá-lo mais uma vez à beira da insanidade.
Johan não estava querendo envolver-se em nenhum tipo de confusão, mas devido à urgência de sua missão, que deveria ser cumprida em até três dias, aceita o desafio. Siegfried acha que o franzino mercenário será abatido rapidamente por Allen, um de seus melhores tripulantes, que se voluntaria para a luta. Mas para a surpresa de todos, Allen é facilmente derrotado por Johan, que ganha o respeito de Siegfried e seu lugar no Angst.
A viagem é repleta de acontecimentos que fazem sentimentos desabrocharem e lutas internas serem desencadeadas. Quando o navio chega ao seu destino, os destinos dos próprios personagens sofrem grandes reviravoltas, e uma descoberta chocante pode colocar tudo a perder.
Até que ponto você se esconde? Você é quem gostaria de ser? Qual é a sua máscara?
Ele vira olhares de ódio, desejo, posse, indiferença, vingança, superioridade, raiva, medo, repulsa… Mas nunca encontrara alguém que o olhasse daquela maneira. O olhar de Siegfried o despira, não de suas roupas, mas dele mesmo.
•••••♥•••••
Acreditem em mim quando eu digo que quanto menos vocês souberem sobre o enredo de Fassade, melhor. Por isso eu me dei ao direito de falar pouco sobre ele, pois quero que vocês tenham o mesmo prazer que eu tive, o prazer da descoberta, o prazer do inesperado.
Fassade não foi nada daquilo que eu estava imaginando. Esperava uma aventura marítima, com canhões e lutas, entretanto, apesar de termos alguns embates, Fassade passa bem longe disso. A história é ousada, e quando eu digo ousada não estou me referindo ao sexo presente no livro, e sim àquilo que ele nos entrega como um todo. Fassade é sagaz, assim como sua autora.
Fassade significa fachada em alemão, e é esse o pilar da história. Quem são esses personagens? É em meio a este questionamento, juntamente com os que levantei alguns parágrafos acima, que a história se desenvolve. Apesar de possuir vários personagens, a história concentra-se em Johan e Siegfried. E que ótimos personagens eles são! A forte ligação entre eles rende os melhores momentos do livro. Os reveses da vida tiveram impacto em ambos, mas Johan foi quem mais sofreu. O que ele faz não condiz com quem ele é, logo, esconder-se é a melhor opção. Já Siegfried mostra-se um homem com sentimentos apesar da fama que possui e do machismo que carrega, então será essa sua máscara?
A escrita de K. S. Broetto é fluida e sem rodeios, o que me agrada muito. E apesar de possuir apenas um pouco mais de duzentas páginas, a história, que ora é colorida, enchendo-nos de esperança, e ora é obscura e triste, foi bem desenvolvida em todas as suas nuances.
O livro é narrado em terceira pessoa, as folhas são amareladas e a fonte é confortável. Encontrei alguns erros de revisão, mas nada muito grave. O tamanho dos capítulos varia, uns são mais curtos, outros mais longos, e achei que a divisão foi bem feita, em nenhum momento a leitura se arrastou, dá pra ler em uma sentada só. A capa, apesar de ser totalmente pertinente, não transmite todo o potencial da história, é essa é a única ressalva que eu tenho.
E para terminar essa resenha devo adverti-los que em Fassade nem tudo o que parece, é. E nem tudo é o que parece! Sacou a diferença? 😉
Adquira o ebook na Amazon ou o exemplar físico na loja virtual da autora! 😉
♥ APOIE A LITERATURA NACIONAL ♥
Observação: Conteúdo postado quando a plataforma do blog ainda era WordPress. Com a mudança, todos os comentários foram perdidos.
Tami, passando para dizer que amei o redesign do blog e mais uma vez me apaixonei pela resenha de Faassade! Muito obrigada pela linda parceria e pela oportunidade! Um grande beijo e parabéns pelo lindo trabalho!
ResponderExcluir